Quando falamos que a análise do caixa é uma medida substancial para qualquer empresa, estamos afirmando que é a partir desses dados que a gestão pode tomar suas decisões a um nível de menor risco.
Além disso, é somente a partir dessa avaliação criteriosa que uma organização pode planejar as suas fontes de financiamento, seja de terceiro ou mesmo própria. Quer saber mais sobre como isso é possível? Acompanhe!
O que preciso saber antes de solicitar crédito?
Se você planeja um financiamento produtivo ou operacional para o equilíbrio da empresa, é importante que conheça minuciosamente o caminho que será trilhado, tendo a certeza dos seus objetivos.
Entretanto, antes de tomar a decisão sobre os capitais de giro, execute previamente o teste de concentração de dívidas, assim como o seu fluxo de pagamento, certificando-se de que não haja uma saturação dos pagamentos, prejudicando severamente a liquidez da organização.
Há empresas que optam por não terem dívidas, deixando o financiamento do giro a cargo do próprio dono do negócio. Nesses casos, é importante ressaltar que o custo do capital próprio é mais alto do que o custo do capital de terceiros.
Além disso, no caso das empresas que se encontram sob o regime de lucro real, os juros de empréstimos são incluídos como despesas financeiras, sendo, portanto, dedutíveis da base de imposto de renda, sim isso mesmo, os juros funcionarão como um benefício fiscal enquanto o capital do próprio só será uma despesas não dedutível. Pense nisso!
Como reduzir os riscos na solicitação de empréstimo empresarial?
Mesmo diante de bons resultados, com a empresa atingindo seu ápice com investimentos, crescimento e aumento de lucro, todas as organizações estão suscetíveis a passar por problemas financeiros, se não souberem lidar adequadamente com o fator endividamento, podem ter sérios problemas.
Vamos elencar algumas dicas prática para ajudar a reduzir esses riscos. Confira:
- Divida o seu capital em fundo para investimento e fundo para o equilíbrio operacional. No primeiro grupo, o patrimônio financeiro será destinado à compra de bens de capital, estoque, estruturação e possíveis melhorias no parque fabril. No segundo, por sua vez, será destinado para a cobertura de caixa, prejuízos, entre outras situações sazonais voltadas sempre para o capital de giro.
- Elabore uma robusta análise econômico-financeira, que conte com um dossiê bancário incluindo todas as informações sobre os indicadores econômicos, além de um fluxo de caixa que determine se a empresa poderá ou não arcar com as parcelas do financiamento.
- Faça uma análise clara do contrato da dívida. Uma planilha pode te ajudar nesse processo, dando destaque aos juros, principal e parcela. Nesse momento, você também pode optar pela utilização de softwares que contem com fluxo de pagamentos com a opção de inclusão de contratos bancários como o sistema analitico PLUSER.
- Considere suas dívidas sempre no médio a longo prazo, ou seja, de 4 a 5 ou mais. É importante levar em consideração que esse prazo irá variar de acordo com a concentração de pagamento da empresa, que deve ser devidamente ajustada para que a dívida não seja acrescida de juros de curto prazo, promovendo um desequilíbrio no seu caixa. Sugero uma concentração de 20% a 25% ao ano.
- Junto ao banco, analise a possibilidade de obter crédito que vincule aos estoques ou às linhas de compra de matéria-prima (compror e finimp). O contas a pagar será transferido para o banco, que pagará a vista o fornecedor obtendo e repassando os benefícios do pagamento antecipado. Essa operação é conhecida como confering ou fatura garantida.
- Realize um levantamento das garantias da empresa, as garantias mais solicitadas são: recebíbeis, aplicações financeiras, garantias imobiliárias ou mesmo uma trava de domicilio bancário ou comissárias. Notem o seguinte, recebíveis podem causar um impacto avaçalador no caixa, caso a opção seja essa, considere o máximo de 30% do total da empréstimo, acima disso a empresa poderá ter um colapso de liquidez. Aplicações financeiras são absolutamente desaconselháveis, garantias como imóveis podem ser alternativas válidas quando o prazo dos financiamentos superarem 5 anos, alguns bancos costumam ter linhas específicas para essa modalidade, com juros menores e prazos alongados, veículos podem ser alternativas válidas quando a necessidade é pequena, por fim, a trava de domicio ou comissárias, são modalidades válidas, configuram-se por garantias de contratos firmados com os seus clientes, assim, quem receberá o momentante será o banco em uma conta temporária, uma conta garantida triangular, a empresa, o banco e o cliente, é aconselhável pois será uma garantia de menor impacto no caixa e poderá utilizar esse contrato para o próprio giro.
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Fonte: E-book Valury “30 passos para melhorar o caixa da sua empresa” (Passo 4).